Neste link abaixo você fará um tour sobre as areas de atuação e atribuições do farmacêutico na indústria de medicamentos, cosméticos e alimentos.
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terça-feira, 9 de junho de 2020
sexta-feira, 5 de junho de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
Vacina: da descoberta a imunização
O desenvolvimento de novos medicamentos, dentre eles a vacina, percorre uma extensa investigação científica, que começa nas pesquisas em laboratório, segue para estudos em animais e por fim, pesquisas clínicas em seres humanos, realizados em quatro fases, para que depois a terapia seja produzida e comercializada.
A descoberta
A pesquisa básica procura identificar compostos e moléculas promissoras para o tratamento de uma doença. Neste estágio, muitos compostos são investigados e parte relevante da pesquisa é realizada em universidades, instituições e fundações de pesquisa.
Estudos não-clínicos (fase pré-clínica):
Os compostos que se mostram ativos continuam a ser pesquisados e, assim, prosseguem para o estágio de desenvolvimento do medicamento, por meio do inicio dos estudos não clínicos. São realizados, então, testes in vitro e em animais (in vivo) de acordo com as diretrizes e normas éticas em pesquisa, com o objetivo de avaliar os parâmetros de segurança e eficácia do novo composto.
• Informações preliminares
sobre atividade farmacológica e segurança;
• Mais de 90% das
substâncias estudadas nesta fase, são eliminadas: não demonstram suficiente
atividade farmacológica/terapêutica ou demasiadamente tóxicas em humanos
• Atividade farmacológica
específica e perfil de toxicidade aceitável = passam à fase seguinte.
Estudos clínicos
"Qualquer investigação em seres humanos voltada para descobrir ou verificar os efeitos clínicos, farmacológicos e/ou farmacodinâmicos de um produto sob investigação, e/ou identificar quaisquer reações adversas a um produto sob investigação, e/ou estudar a absorção, distribuição, metabolismo
e excreção de um produto sob investigação com o objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia".
Os estudos clínicos podem ser classificados em quatro fases, sendo que cada uma delas possui formatos e objetivos diferentes.
Fase l - Avaliação inicial em humanos (20 a 100)
Tolerância em voluntários saudáveis:
• Maior dose tolerável
• Menor dose efetiva
• Relação dose/efeito
• Duração do efeito
• Efeitos colaterais
Farmacocinética no ser
humano (metabolismo e biodisponibilidade)
Fase I - É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de
pessoas voluntárias, em geral sadias de um novo produto pesquisado geralmente em pessoas voluntárias. Estas pesquisas se propõem
estabelecer uma evolução preliminar da segurança e do perfil farmacocinético e
quando possível, um perfil farmacodinâmico.
Fase ll - Estudo Terapêutico
Piloto (300 a 1000)
Primeiros estudos controlados em pacientes, para avaliar a eficácia terapêutica.
Os objetivos visam demonstrar a eficácia e confirmar a segurança a curto prazo
do princípio ativo, em pacientes afetados por uma determinada enfermidade ou
condição patológica. As pesquisas realizam-se em um número limitado (pequeno)
de pessoas e frequentemente são seguidas de um estudo de administração. Deve
ser possível, também, estabelecer-se as relações dose-resposta, com o objetivo
de obter sólidos antecedentes para a descrição de estudos terapêuticos
ampliados.
Fase III - Estudo Terapêutico Ampliado (1000 a 3000)
São estudos randomizados realizados em grandes e
variados grupos de pacientes, com o objetivo de determinar:
• o resultado do
risco/benefício a curto e longo prazos das formulações.
Exploram-se nesta fase o tipo e perfil das reações adversas mais frequentes,
assim como características especiais do medicamento e/ou especialidade
medicinal, por exemplo: interações clinicamente relevantes, principais fatores
modificatórios do efeito tais como idade etc.
Os testes de fase III devem fornecer todas as informações
necessárias para a elaboração do rótulo e da bula do medicamento. A análise dos
dados obtidos na fase III pode levar ao registro e aprovação para uso comercial
do novo medicamento ou procedimento, pelas autoridades sanitárias.
Fase lV
Após aprovação para comercialização do produto
• Detectar incidência de
reações adversas pouco frequentes ou não esperadas (vigilância
pós-comercialização)
Nesta fase, o medicamento já foi
aprovado para ser comercializado. A vantagem dos estudos fase IV é que eles
permitem acompanhar os efeitos dos medicamentos a longo prazo incluindo o
surgimento de novas reações adversas.
Depois de realizadas todas as etapas, a ANVISA, avaliam os resultados e se
eles forem satisfatórios, registram o medicamento ou produto que pode ser
prescrito ou utilizado por médicos, dentistas ou demais profissionais
devidamente qualificados
Estas pesquisas são
executadas com base nas características com que foi autorizado o medicamento
e/ou especialidade medicinal. Geralmente são estudos de vigilância
pós-comercialização, para estabelecer o valor terapêutico, o surgimento de
novas reações adversas e/ou confirmação da frequência de surgimento das já
conhecidas, e as estratégias de tratamento.
Nas pesquisas de fase IV
devem-se seguir as mesmas normas éticas e científicas aplicadas às pesquisas de
fases anteriores.
Depois que um medicamento
e/ou especialidade medicinal tenha sido comercializado, as pesquisas clínicas
desenvolvidas para explorar novas indicações, novos métodos de administração ou
novas combinações (associações) etc. são consideradas como pesquisa de novo
medicamento e/ou especialidade medicinal.
Referências
BRASIL. ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 9, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2015 (Publicada no DOU nº 41, de
3 de março de 2015). Dispõe sobre o Regulamento para a
realização de ensaios clínicos com medicamentos no Brasil.
BRASIL. ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA –
RDC Nº 55, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2010
(Publicada no DOU nº 241, de 17 de dezembro de 2010). Dispõe sobre
o registro de produtos biológicos novos e produtos biológicos e dá outras
providências.
International Conference on Harmonisation of Technical Requirements for Registration of Pharmaceuticals for
Human Use (ICH). Guideline for
Good Clinical Practice. Disponível em www.ich.org.
Spilker BA. The drug discovery,
development and approval process. New Drug Approvals
in 2001.
Washington, DC.: PhARMA; 2001.
Quental, C.; Salles Filho, S. Ensaios clínicos: capacitação nacional para avaliação de medicamentos e vacinas. Rev Bras Epidemiol , 2006; 9(4): 408-24
sexta-feira, 29 de maio de 2020
FILMES POLIMÉRICOS
A pele é uma via muito importante para
a entrega transdérmica de substâncias
farmaceuticamente ativas. As soluções poliméricas formadoras de
filmes são uma nova abordagem nessa área da tecnologia farmacêutica e se apresentar como uma
alternativa às formas farmacêuticas convencionais
usadas na pele, como pomadas, cremes, géis ou adesivos.
A
solução polimérica é aplicada na pele como um líquido e forma um
filme quase invisível in situ por
evaporação do solvente. Atualmente, as soluções poliméricas formadoras de
filmes são bem conhecidos no campo da cirurgia, tratamento de
feridas ou proteção. Na cirurgia, os preparativos para
formação de filme são como cola de tecido para o fechamento
sem fios de incisões ou como desinfetantes para a pele na preparação pré-operatória.
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